«Tenho pensamentos que, pudesse eu trazê-los à luz e dar-lhes vida, emprestariam nova leveza às estrelas, nova beleza ao mundo, e maior amor ao coração dos homens» Fernando Pessoa

14
Set 08

“…Até à altura em que os nossos caminhos se ousem cruzar mais uma vez. E, se esse dia não chegar, guardaremos as memórias, pois nada mais irá restar”.

 
É a partir da frase da Sara que hoje me apetece escrever. Porque esta frase implica que apenas passado fica. O que não é verdade. Já Miguel Sousa Tavares, quando diz que “ nada do que é realmente importante se perde verdadeiramente” apenas se perde a ilusão de que tudo era nosso para sempre, tem toda a razão.
Mais perto ou menos perto, mais ou menos intimo, quando nos cruzamos com alguém na nossa vida, essa é sempre uma história de encontro. E nesse encontro, aprendemos, re-construimos o que somos e a nossa história pessoal. Depois dele somos qualquer coisa diferente do que éramos. Por isso é que não existirão só memórias, porque essa pessoa e esse encontro está em nós, para sempre. E nós não somos memórias.
Acredito que um dia, um texto escrito no passado todo ele, se reescreverá, duma outra forma. Nosso e para sempre é apenas o amor que temos em nós e o que fazemos.
Há muito tempo que não vejo nem sei da minha melhor amiga da escola primária, devido à volta que as nossas vidas deram, mas sei que se a encontrar daqui a 5 minutos é como se a tivesse visto ontem. Porque o amor que temos uma pela outra não morre nunca. Ninguém está fora de nós uma vez cruzados os caminhos. Porque está em nós. Somos o que somos também por causa desse encontro. Negarmos isso é negarmo-nos a nós próprios.

Maria Teresa

publicado por Sara e Teresa às 18:50

Autoras:

 

Sara Quelhas

Mª Teresa Corte-Real

E-mail:

 

saraeteresa@sapo.pt

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