«Tenho pensamentos que, pudesse eu trazê-los à luz e dar-lhes vida, emprestariam nova leveza às estrelas, nova beleza ao mundo, e maior amor ao coração dos homens» Fernando Pessoa

06
Set 08

Para que fique bem claro começo por esclarecer que quase medi cada palavra antes de escrever. Como pessoa inteligente que é a Sara é sensível e não quero cá más interpretações.

Mas não posso deixar de opinar. E fica escrito. Sei por experiência própria como pode ser tão difícil escolher um curso. Ou porque gostamos de muitas coisas, ou porque não sabendo o futuro corremos o risco de não saber se é esmo aquilo que queremos. Acho que o problema é que ao colocarmo-nos esta questão temos em nós a dimensão do ser para sempre. Acontece que o sempre a Deus pertence. Então que critério seguir? Sem dúvida o do sonho que temos, ou então do que mais amamos. Não sabemos o que será no futuro, mas sabemos que se assim não for, o futuro está já condenado a não ser o mais feliz. Temos que ousar o sonho.
Jamais o critério pode ser o das saídas, o que são as modas do futuro se não gostarmos. Até porque aquilo que hoje tem saída amanhã pode não ter e cativámos o nosso futuro e pior o nosso sonho. Depois temos apenas uma base. E partimos. O fim do curso não é uma meta…é o inicio de um caminho nosso (acho mesmo que nas decisões fundamentais da nossa vida, só Deus está connosco) que longe de ser linear, se abre em múltiplas estradas, encruzilhadas, atravessamos desertos, caímos, levantamo-nos, vamos arriscando. E aquilo que nos vai sendo dado viver interroga-nos, propõe-nos caminhos nunca sonhados e quantas vezes nos damos conta de estar a fazer uma multiplicidade de coisas que podem ou não ter a ver com aquilo que escolhemos para curso. Tão longe está a minha vida daquilo que projectava há 21 anos atrás…
Por isso Sara a resposta é simples: persegue o sonho e tenta não perder oportunidades que a vida, em muitas circunstâncias, só nos dá uma vez. Encontrarás seguramente a resposta no teu coração porque o essencial só se vê com o coração.
Paula Lobo Antunes, a tua ídola? Então Sara percorre o caminho contado por ela na primeira pessoa e vais entender o que te digo.
A vida não se determina em momento algum para sempre. Como diz o ditado: “o homem põe e Deus dispõe”. Há que ir vivendo adorando a Deus, desejando ser livre e responsável, perseguindo o sonho, e amando os que connosco se cruzam como a nós mesmos. Para termos uma vida com sentido e por isso, já hoje uma vida eterna. Porque uma vida de amor.
Faz o que te é possível, deixa a Deus o impossível. E lembra-te que partir é já participar da meta…
Beijo no teu coração!
Maria Teresa
publicado por Sara e Teresa às 22:02

Autoras:

 

Sara Quelhas

Mª Teresa Corte-Real

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